sábado, dezembro 11, 2021

Padre Zé Nilton da Paróquia de Araripina, apresenta Projeto da Praça da Igreja Matriz


No encerramento do Novenário de Nossa Senhora Imaculada Conceição, a Padroeira de Araripina, Sertão de Pernambuco, nesta quarta-feira (8), Padre José Nilton, pároco da cidade, apresentou o Projeto da Praça da Igreja Matriz ou Praça Padre *Luiz Gonzaga Kehler, que tem como ensaio visando o Centenário da Paróquia que acontecerá no próximo ano. Esse é o segundo projeto grandioso que a Paróquia apresenta para a população, sendo que a Casa de Acolhimento para Dependentes Químicos, segundo o sacerdote, primeiro projeto já em andamento e com previsão de ser finalizada as obras já no primeiro trimestre do ano vindouro.

O padre frisou da ação evangelizadora e o comprometimento principalmente com a chegada do centenário paroquial para celebrar o ano jubilar, e que o objetivo é de estender a mão a quem precisa, com o objetivo de transformar a caridade para acolher a vontade de Deus.

Lembrou que foi decidido pelo Conselho da Paróquia, pelas equipes, juntamente com os padres que toda a renda da festa iria para as obras da Casa de Acolhimento, que ainda falta muito para a conclusão das obras, mas que essa decisão dos membros da paróquia, será um impulso para concretizá-la.

*Pe. Luiz era alemão e veio ao Brasil trazido por seu irmão Pe. José Kehrle, do clero da diocese de Pesqueira. Fez os seus estudos eclesiásticos em Pesqueira e Olinda, ordenando-se sacerdote, no dia 07 de dezembro de 1919. Foi designado vigário cooperador de seu irmão, na paróquia de Floresta dos Navios. Em princípios de 1923, o Pe. José Kehrle sofreu uma ofensa em Floresta. Alguém, insatisfeito ou desgostoso com o trabalho do Padre, soltou uma bomba caseira em seus pés. Pe. José mudou-se então para Vila Bela, levando também o seu irmão.

Quando Pe. Luiz chegou a São Gonçalo, trazia em sua companhia uma empregada de nome Maria. Acompanhou-o também o jovem Décio Rodrigues da Silva, que servia como sacristão, mister que desempenhou até o ano de 1944. Conta-se que a empregada fazia a arrumação da casa pegou em um rato morto, adquirindo a peste bubônica. Adoeceu e morreu logo depois.

Pe. Luiz Gonzaga Kehrle jovem, inteligente, determinado, dinâmico e operoso, logo conquistou a simpatia e a confiança de seus paroquianos. Integrou-se na comunidade e passou a exercer liderança. Sem perder a postura sacerdotal, não desprezou o sentido social de sua missão evangélica e fez um trabalho apostólico exemplar. Melhorou a pequena matriz, aparelhando-a com as alfaias e os vasos sagrados, necessários às celebrações dos atos religiosos. No ano de 1924, fez sua primeira viagem à Alemanha, onde conseguiu recursos para a execução de seu plano de trabalho, a construção de uma nova matriz e da casa paroquial. Em 25 de agosto, com grande festividade, na presença de várias autoridades, entre elas o Pe. Miguel Tavares, de Araripe (CE), que foi orador oficial da solenidade, lançou a pedra fundamental da nova matriz. No dia 30 de novembro desse ano, deu início à construção da casa paroquial, que estava pronta no fim de dezembro.

O plano de construção da matriz teve de ser adiado. É que, em 1926, chegou a São Gonçalo uma comitiva de autoridades de Ouricuri, à frente o Dr. Joaquim José de Caldas Rocha, Juiz de Direito, para traçar com os representantes locais a demarcação da antiga Fazenda São Gonçalo e dos valados da Serra do Araripe. Pe. Luiz ainda resistiu á medida, ponderando sua inoportunidade, em face da situação de pobreza dos são gonçalenses. Os representantes de Ouricuri não se sensibilizaram e procedeu-se então a demarcação. Coube ao patrimônio de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de fato da Paróquia, toda área onde está situada a Cidade, num total de 1.267.490 km2, com os títulos no valor de vinte e nove contos e oitocentos mil réis. Alguns moradores tiveram de vender seus bens, para pagamento das custas da demarcação. Pe. Luiz para não sacrificar mais ainda a população, adiou o seu plano de construção da matriz.

Em 1950, Pe. Luiz foi afetado por uma doença nas cordas vocais e ficou parcialmente privado da fala. Não podendo mais fazer seus sermões, com aquela voz forte e vigorosa de antigamente, deixou a Paróquia que dirigiu por quase 30 anos e retirou-se para a Ordem da Sagrada Família. Faleceu com a idade de 89 anos, na cidade de Patu (RN), em dezembro de 1984.












Projeto da Praça da Igreja 


Encerramento do Novenário Nossa Senhora Imaculada Conceição (na íntegra)


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